Tuesday, January 29, 2008

Robert Kurz e a ignorância da sociedade do conhecimento

Analise do texto “A ignorância da Sociedade do Conhecimento”

Por Amauri Nolasco Sanches Junior RA: 852442-4

CS: Publicidade e Propaganda

Robert Kurz, sociólogo e ensaísta alemão, autor de “Colapso da Modernização”, analisa praticamente a sociedade moderna e sua ilusória maneira de ver a inteligencia e o conhecimento. Na introdução começa com a pergunta: “O estágio final da evolução intelectual moderna será uma macaqueação de nossas mais triviais ações por maquinas?”, que aliás remete dentro do próprio texto a pergunta que contem um dilema, ou um paradigma, ou o mundo ficamos sem o capitalismo e as tecnologias que facilitam o ser humano, ou continua o capitalismo fazendo novas maneiras de consumo e criando novas tecnologias para facilitar e progredir; mas ao mesmo tempo sustenta a alienação e a desigualdade, que é a fonte do meios de produção. Assim, o velho lema burguês moderno que o conhecimento é poder, além de ser utilizado pelo movimento operário europeu do século 18, era muito importante naquela época. O conhecimento era visto como algo sagrado, assim os seres humanos se esforçaram para acumular e transmitir o conhecimento de todo tipo. Sendo que seria valido tanto para o conhecimento natural quanto o conhecimento religioso ou até, para a reflexão teórico-social.

Essa visão muito predominante no século 18 faz um conhecimento representado pelo conhecimento oficial, com as ciências naturais e, por outro lado, pela “inteligência livre – flutuante” segundo o filósofo húngaro Karl Mannheim. O mais espantoso, que há alguns anos o discurso da “sociedade do conhecimento”, tenha chegado junto com o século 21, que pareceu que só agora a sociedade tenha descoberto o verdadeiro conhecimento. Dentro das filosofia das mídias, com bastante euforia mostra, por exemplo, o filósofo de mídias alemão Norbert Bolz. Diz que houve um big-bang do conhecimento ocidental e as galaxias se expandem a velocidade da luz; mostra conhecimento sobre conhecimento e nisso que consiste a produtividade intelectual, pois o verdadeiro feito do conhecimento do futuro e sua intelectualidade é o design do conhecimento. Quanto mais significativa for a maneira como a força de produção se torne mais inteligente, mas irá converter em ciência e cultura. O conhecimento é o ultimo recurso do mundo ocidental.

Com essas palavras fortes ficaria a pergunta; o que há por trás delas? Assim, muito significativo seja o fato que a “sociedade da informação” seja usado como sinônimo da “sociedade do conhecimento”, pois vivemos numa sociedade do conhecimento porque somos soterrados por informações. Nunca antes houve tanta informação sendo transmitidas por tantos meios e ao mesmo tempo. Mas será que esse “dilúvio” de informações é idêntico a conhecimento? Somos informados sobre a origem da informação? Conhecemos o tipo de conhecimento é esse? É muito mais complexo do que parece, pois o significado de “informação” é sendo num sentido mais amplo e refere a procedimentos mais amplos como: como o som de uma buzina, a mensagem automática da próxima estação do metrô, a campainha de um despertador, o panorama de um noticiário da TV...

O meio de informação predileto dessa geração é o chamados SMS, que aparece no “display” do celular, que ficou restrito a 160 caracteres. Os meios de comunicação ficam caracterizado numa forma reduzida e desconexa. Pois as telas de display são quase um orgão sensorial e isso torna um pouco estranho que o armamento tecnológico seja elevado a condição de parte integrante num ícone social do “conhecimento”. Porque em termos de uma “força produtiva inteligente” e “feito intelectual do futuro”, isso é um pouco decepcionante. Assim a inteligencia se limita a um banco de automóvel que foi considerado grandioso, por saber o traseiro certo de seu dono. O problema é o fato que o conceito de inteligencia da sociedade da informação ou do conhecimento, seja pautada na chamada na “inteligencia artificial”. Falamos de maquinas de processamento que tem a capacidade de armazenamento que imitam o cérebro humano. Isso fica restrito a elite tecnológica que mantém os materiais que alimentam e isso é um sistema funcional, que é reservado somente a essa elite. Já o conhecimento de sinais, é o contrário que assim, compete as maquinas, mas também aos seus usuários, para não dizer, seus objetivos humanos. Não precisam eles mesmos saberem como funcionam.

Tanto para o comportamento maquinal ou o comportamento humano, a base dessa sociedade do conhecimento é dada, pela informática, que serve como programadora de sequências funcionais. Isso se dá com tubulações hidráulicas, aparelhos de fax e motores de automóveis e tudo bem que haja especialistas para isto. Quando o pensamento humano é representável, calculável e programável, estamos diante da concretização das utopias de terror modernas negativas. Nesse conhecimento social de sinais lembra muito bem o famoso cão de Pavlov, pois no começo do século 20 havia descoberto o chamado reflexo condicionado. Esse reflexo é uma reação automática a um estimulo externos, que é motivado, assim consiste no fato de que essa reação também pode ser desencadeada num sinal secundário aprendido, que seja aprendido num estimulo original. Ao que parece, a vida social e intelectual, na sociedade do conhecimento – aliás, da informação – deve ser levada ao caminho do comportamento programático e que corresponda a um sistema de reflexos condicionados; estamos sendo reduzidos ao que temos de semelhança com os cães, ou seja, o estimulo- reação que tem tudo haver com a “inteligência” da cibernética e da informática.

Esses sinais na verdade, não é conhecimento nenhum é apenas formas de levar o ser humano a não refletir sobre, apenas será um comportamento condicionado. Não é nenhum conhecimento real ou aquele que é adquirido por meio de reflexão e nem o poder que é adquirido por observação e por ultimo, a participação real dos acontecimentos. O fato de conter atos de si próprios é quase impossível, se o sujeito tem um comportamento condicionado se torna difícil um questionamento de si mesmos e do ambiente que nos cercam e assim, a juventude perde o real motivo do chamado “sentido da vida”. Na verdade, o que está questionando é o “marketing da informação” sobre “mercado da informação”, criando um mercado que faz da informação um meio aplicável para condicionar a informação conforme é preciso.

Ao meu ver, o ser humano é condicionado a ser e estar maquinado no meio tecnológico segundo o autor, mas o condicionamento também acontece em outros meios. O texto, muito arraigado de marxismo já que Kurz é marxista, mostra que uma analise em cima de uma questão ampla seja questionado com um fanatismo ideológico como ele o fez, faz o caminho inverso de ao invés de informar faz o mesmo daqueles que ele critica. Mesmo assim, alguns pontos tenho que concordar que a sociedade do conhecimento vem se transformando em cães de Pavlov e muitas pessoas não criticam muitas coisas que queiram questionar; ficamos em formas passivas por causa de visões que as outras pessoas nos passaram, não o que vimos ou sentimos, o que pensamos realmente. Isso vem sendo feito dês do Egito. Seria infantil demais acreditarmos que essas coisas sejam feitas agora, uma coisa que só se massificou pelo numero de pessoas que há no mundo. Assim, não concordo que muitas coisas sejam culpa da informática ou meio de informação, mas uma analise do ser humano em si mesmo que ao invés de ler algo que “presta”, ler coisas fúteis. Apenas preocupados em nascer e morrer...

a ou meio de informação, mas uma analise do ser humano em si mesmo que ao invés de ler algo que “presta”, ler coisas fúteis. Apenas preocupados em nascer e morrer...